Sabe naquele dia de domingo, ou feriado, quando toda a família está reunida e não tem nada a se fazer ? Pois bem. Em cidades como São Paulo, há muitas opções de lazer para se aproveitar em momentos como esse, e não há nada melhor do que se divertir e distrair ao lado de pessoas que gostamos.
O Playcenter, por exemplo, já foi ponto de encontro de milhares de famílias paulistas, como também de outros estados. Apesar de já ter encerrado suas operações na metade do ano de 2012, o Playcenter continua na memória dos brasileiros, como um reduto de alegria e diversão.
Neste artigo, você vai conferir tudo sobre o Playcenter, desde a sua fundação até os dias de sucesso que acometeram o parque.
O Playcenter
Localizado na cidade de São Paulo, o Playcenter foi, por quase 40 anos um grande local onde a diversão e alegria reinavam. Não havia uma só criança que nunca expressou o desejo de conhecer as instalações do parque, que funcionava de quinta a domingo, em períodos de baixa temporada (onde não havia férias escolares) e também em períodos de alta temporada, onde o parque funcionava de terça a domingo (onde, portanto, havia férias escolares).
Foi inaugurado, oficialmente, no dia 27 de julho de 1973, com poucos brinquedos, mas aumentado com o passar do tempo e também com a arrecadação que possibilitou novos investimentos. Para se ter uma ideia do pioneirismo do Playcenter, lá foi inaugurado a primeira montanha russa do Brasil feita totalmente em aço. Não demorou muito para que o empreendimento se tornasse um cartão postal da cidade, sendo visitado por muitos e virando referência quando se falava em parque de diversões.
Mas não era somente de brinquedos que o Playcenter atraía turistas. Havia, também, o Orca Show, uma verdadeira apresentação de golfinhos e orcas em nados sincronizados. O espetáculo durou apenas um ano, de 1985 a 1986. Vale lembrar que as orcas que eram utilizadas nos shows foram capturadas na Islândia, e suspeitava-se que as mesmas tivessem um parentesco alto, sendo consideradas irmãs. Mas havia também outras atrações que envolviam ursos eletrônicos, denominado “Show dos Ursos”.
Entretanto, o que realmente começou a se tornar rentável para o Playcenter era justamente a “Noite do Terror”, que começou a ser instituído em meados do ano de 1988, sendo que os lucros vieram quando a década de 1990 se iniciou.
Mas, quem foi o mentor desse “paraíso” todo? O responsável pela criação do parque é Marcelo Gutglass, de origem boliviana, que resolveu abrir o parque no Brasil inspirando-se nos grandes centros de entretenimento e diversão que existiam na Europa.
E, com o passar do tempo, assim que o Playcenter começou a despontar para a fama, novos brinquedos foram substituindo os antigos, dando uma cara nova ao parque e, consequentemente, atraindo mais pessoas para o local.
Mas, dentre os anos de 1997 a 1999, o real sofria forte desvalorização, o que colocou o Playcenter em uma crise muito grande. Nesse período, Gutglass estava fora do controle do parque, isso porque a detentora de metade das ações do parque, a GP Participações havia tomado o controle do parque.
E, depois dessa crise, a GP resolveu vender a sua parte no parque e Marcelo voltou a controla-lo, fazendo algumas alterações para que a captação de recursos fosse maior, além da reestruturação do parque, corte de custos, e muitas outras ações que beneficiaram o Playcenter e o fizeram se reerguer. Outro grande passo foi o redirecionamento do parque, que antes era local adolescente, para toda a família, cativando assim clientes e conseguindo mais receita.
Anúncio de Fechamento Para Reforma e Fim do Playcenter
Depois de décadas de sucesso, foi anunciado que o Playcenter seria fechado para reformas, isso no mês de março de 2012. Mais tarde, foi repassado que o Playcenter iria encerrar, definitivamente, as suas atividades, em julho do mesmo ano.
Os últimos dias de funcionamento do parque foram intensos, e o mesmo veio a fechar no dia 29 de julho. A justificativa era que o Hopi Hari, que, curiosamente, é propriedade dos mesmos controladores do Playcenter, já havia brinquedos mais modernos e que já haviam ganhado a preferência da população.
E o que mais contou para se tornar decisivo era que, de acordo com pesquisas promovidas pela companhia, ficou constatado que São Paulo, apesar de ser uma grande metrópole, era carente de espaços onde os pais poderiam levar seus filhos e se divertir um pouco com eles. Diante disso, o Playcenter virou um local justamente para atividades em família.
O novo parque, totalmente renovado e com brinquedos que tem o objetivo de interagir pais e filhos estava previsto para ser reaberto em um ano, em julho de 2013, mas isso não ocorreu e o prazo de entrega do novo parque continua incerto.
O Hopi Hari
Depois que o Playcenter foi fechado definitivamente, os paulistas que apreciam brinquedos radicais tiveram que se deslocar até o Hopi Hari, que, como já é de conhecimento, fazia parte dos investimentos do mesmo grupo que era dono do Playcenter.
Aliás, o projeto da construção do Hopi Hari iria se chamar, primeiramente, de Playcenter Great Adventure. Mas depois a GP investimentos resolveu intervir diretamente nas obras e também no nome do novo empreendimento, que resolveu nomear de Hopi Hari. A ideia era criar um “país” dentro do parque, já que o mesmo contém um hino, uma língua própria (o chamado hopês), entre outros aspectos que fizessem com que o Hopi Hari fosse mais do que só um mero parque.
Hopi Hari
E assim aconteceu. Em 1999, o parque foi aberto ao público. E, atualmente, conta com uma gama de brinquedos radicais, que fazem a alegria das pessoas, principalmente dos jovens, que gostam de uma boa dose de adrenalina.
Mas alguns acidentes denegriram a imagem do parque, tal qual aconteceu em fevereiro de 2012, onde uma adolescente caiu do brinquedo La Tour Eiffel, de uma altura aproximada de 20 metros. Ela acabou não resistindo aos ferimentos e veio a falecer.
Por Francisco Prado
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